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NÃO SOMOS ANTIRRACISTAS, NI DE DUBOIS: SOMOS GARVEYISTAS Jamal

  

NÃO SOMOS ANTIRRACISTAS, NI DE DUBOIS: SOMOS GARVEYISTAS

Jamal (Coordinador Iv internacional en Brasil)

Sim irmão,  quando nos tiraram nossa humanidade não nos reconhecemos como humanidade africana e conhecemos somente a humanidade do "vencedor da guerra" o colonizador . Então somos educados que o melhor caminho é o caminho europeu, culturalmente, economicamente e espiritualmente,  por isso entre nós somos os mais desleais e os menos compromissados entre si mesmos mas somos os mais comprometidos com a supremacia branca e alimentamos ela infelizmente.  Por isso que precisamos nos limpar de todo o estrago que a colonização fez em nossos princípios, nossa economia, cultura,  espiritualidade, e Saúde.... E a coisa primária para isso é tirar os brancos e a influência deles em nossos meios. Eu quero apresentar um observação: notem que em  momento algum usei as referências de Carlos Moore, tão demonizado pelos marxistas, para evidenciar a inutilidade desse método nas questões negra.  Não usei, pois o que não falta, são motivos para nós africanos ficarmos longe de tudo que seja branco, seja esquerda ou direita, até porque, como criadores de inúmeras ciências e tecnologias, antes mesmo do homem branco estabelecer uma sociedade longe ou quase longe da barbárie, já estávamos moldando o mundo. Sim irmãos, quando nos tiraram nossa humanidade não nos reconhecemos como humanidade e conhecemos somente a humanidade do "vencedor da guerra" o colonizador. Então somos educados que o melhor caminho é o caminho europeu, culturalmente, economicamente e espiritualmente,  por isso entre nós somos os mais desleais e os menos compromissados entre si mesmos mas somos os mais comprometidos com a supremacia branca e alimentamos ela infelizmente.  Por isso que precisamos nos limpar de todo o estrago que a colonização fez em nossos princípios, nossa economia, cultura,  espiritualidade, e Saúde.... E a coisa primária para isso é tirar os brancos e a influência deles em nossos meios

 NÃO BASTA SER MARXISTA, TEM QUE SER TENDENCIOSO OU POR VEZES ANALFABETO HISTÓRICO. De analfabetos históricos, alguns negros acreditam que basta ser antirracista ou progressista sem interagir em universos sociais de afirmação da duluyendose no ensino da afrodescendência, ao invés disso eu te digo que somos africanos, nunca deixamos de ser... notem que em  momento algum usei as referências de Carlos Moore, tão demonizado pelos marxistas, para evidenciar a inutilidade desse método nas questões negra.  Não usei, pois o que não falta, são motivos para nós africanos ficarmos longe de tudo que seja branco, seja esquerda ou direita, até porque, como criadores de inúmeras ciências e tecnologias, antes mesmo do homem branco estabelecer uma sociedade longe ou quase longe da barbárie, já estávamos moldando o mundo. Para nós no novo caso específico que seguimos o Garveismo sabemos de todas a tentativas muito bem feitas dos marxistas de destruir tudo relacionado a Garvey desde 1930, os primeiros contatos de Garvey com a organização Frente Negra no brasil.  A destruição foi tão grande que apenas recentemente conseguimos ter contato com as obras de Garvey é traduzi-las para o português. Mas essa visão é a linha panafricana de Dubois, mesmo nós tendo pequenas diferenças ideológicas temos que pegar as que temos em comum em benefício do nosso povo já que nosso inimigos brancos temem é nossa união

 MILITANCIA AFRICANA EN BRASIL

Quando estávamos na militância do Movimento Negro MNU acreditávamos que o socialismo ou o socialismo libertario (anarquismo) era a única linha ideologia para o povo Preto porque nunca nos foi apresentado o Garveismo panafricano ... exatamente porque existia também um colonialismo nas opções apresentadas para lutar contra o sistema, não sabíamos que o Povo Preto tinha uma completa muito antes das teorias dos brancos( comunismo, capitalismo, feudalismo ....). Tanto que muito militantes sofreram racismo dos brancos marxistas e se manterem quietos porque os consideraram "companheiros " país ideológicos .... depois que conheci o Panafrikanismo o entendimento de luta de classes se tornou em entendimento que existe apenas a elite racial branca sobre os outros povos e que isso existe antes do capitalismo, na verdade isso fez o capitalismo. É lamentável que em brasil os africanos nos encontremos neste momento como o único grupo desorganizado. Outros têm a vantagem da organização por séculos, então o que lhes parece desnecessário, do ponto de vista racial, torna-se necessário para nós, que tivemos que trabalhar o tempo todo sob a desvantagem de estarmos dispersos sem um objetivo ou propósito racial. Nenhuma raça ou povo podem sobreviver sem um objetivo ou propósito. Nós devemos saber de antemão o propósito de nossa existência. Nosso programa racial de hoje é um povo unido, emancipado e aprimorado. Precisamos de melhorias em todas as linhas - social, religiosa, industrial, educacional e política. Precisamos da criação de um padrão comum entre nós que nos sirva para o companheirismo e a competição equitativa com os outros.

DA UNIA A 4 INTERNACIONAL

O mundo não está na disposição de dividir os espólios do materialismo, mas, ao contrário, todo grupo está buscando o auto engrandecimento à custa daqueles que perderam ou que ignoram a tendência do esforço humano na direção da auto conservação. O Negro, cercado como ele está, não tem outra alternativa senão avançar na atmosfera de interesse racial próprio, trabalhando pela geração do presente e provendo os da nossa posteridade. A serviço da raça, à Associação Universal para o Progresso do Negro encontra seu programa e, por sua defesa ou promoção, não oferecemos desculpas. É tolice acreditar que o mundo pode se estabelecer no acaso. É para o homem e Deus consertarem o mundo. Deus age indiferentemente e seu plano e propósito são geralmente elaborados como a agência da ação humana. Em sua profecia dirigida e inspirada, ele prometeu que o dia da Etiópia viria, não pelo mundo mudando por nós, mas pelo fato de estendermos nossas mãos para muda-lo. Não significa um mero exercício físico, mas o esforço universal e independente de nos cercar da plena glória do homem. Nenhum pedido de desculpas humano é necessário para a mudança ou avanço de qualquer povo, então ninguém esperará que nos desculpemos pelos esforços que estamos fazendo para unir nossa raça em todo o mundo, para criarmos por nós mesmos um superestado político em que encontraremos o mundo, criaremos representações e proteção que nos farão seguros no ajustamento egoísta de um mundo materialista.

 A CATARSE DO BRANCO

Em resumo, não existe Garveismo com pessoas brancas nos coletivos, mas em negociações sim. O que você falou é importante porém o Garveismo não vai colocar os brancos nisso,  quem vai colocar os brancos na conversa são os ativistas negros não Garveistas mas simpatizantes , quem defende os brancos no nosso meio não são Garveistas , podem ser simpatizantes ou irmão que estudam o Panafrikanismo mas não são panafricanos nacionalistas  Sim, estamos nos dias de hoje, sabemos que tem muitos negros traidores porém estudamos história para não repetimos os mesmos erros e estarmos sempre alertas.   sim sabemos destas histórias e compreendemos,  a miscigenação nas Américas se deu por estupro de africanos e também por negros que não se entendem como negro que escolhem ter um relacionamento com pessoas brancas, realmente os africanos nas Américas não são 100% puros em função do crime dos brancos..... porém quando se absorve para só realmente a ideia do Panafrikanismo compreendemos está situação..... nunca me curvarei a nenhuma bondade dos brancos no nosso meio porque todos tem um interesse usando nossa causa porque isso está na genética de sobrevivência deles. Como falei, se.voce absorve o Panafrikanismo tera está compreensão primária dentro da luta panafricana. Aqui no brasil o maior identificador racial é a polícia , pelas características a polícia já coloca como suspeito e enquadra. Podemos falar que o único povo que promove a.miscigenacao no mundo como projeto de extermínio é o povo branco, os brancos tiveram benefícios com a miscigenação, não para nós. “A miscigenação no Brasil foi um mecanismo de branqueamento da população, uma ferramenta de aprimoramento racial de um país visto como fadado à incivilidade porque era composto, em sua grande maioria, por pessoas negras e indígenas. Foi assim que se deu a chegada de diversos povos de origem europeia ao Brasil, a partir de uma ideia eugênica de que esses povos eram mais aprimorados, mais civilizados, e que fariam o país progredir”

CONSTRUA 4 INTERNACIONAIS NO BRASIL HOJE

  Camaradas temos que trabalhar somente para pessoas Afrikanas para pessoa Afrikanas sem envolvimento nenhum dos brancos no nosso meio de ativistas Nos Garveistas da 4 internacional entendemos o racismo como uma estrutura não como um ato preconceituoso Você pode falar que é panafrikanista sim mas não segue a linha panafricana Garveista Porque o Panafrikanismo realmente tem várias divisões e pensamentos É que as organizações que estamos e estamos coligados somos todos panafricanos Garveistas e Nacionalistas Pretos , eu entendo o pensamento de vocês porque quando eu era do movimento negro e não conhecia o Garveismo nem o Panafrikanismo eu pensava como vocês.... então demorei um tempo para conhecer e me afirmar. Concordo,  e vocês interpretaram o Garveismo com uma.visao Ocidental e querem aplicar desta maneira Muitas pessoas conhecem ,tem mestrado e doutorado e estudam conforme a sua formação ideologia e muitos estudam para afirmar esta formação ideologica Sao muitos debates e ideias  mas não chegamos num ponto objetivo no Garveismo. Nos Garveistas escutamos isso muito de.pessoas que não gostam do panafriacanismo aqui, são as mesmas falas e se  você entende do Garveismo e do Panafrikanismo estamos construindo tijolo por tijolo da.maneira mais autônoma possível sem precisar de apoio do escravizador. Todos os argumentos usados são os mesmos argumento anti panafricanos , minha pergunta fica, o que é o racismo que ainda não responderam. no áudio ele não falou isso mas eles acreditam que tem negro racista. Falam que nossos grandes inimigos são os pretos da casa mas ao mesmo tempo acreditam em brancos aliados , e se dizem ser Garveistas, incrível Ainda viajando nas ideias aqui da galera que diz que o movimento negro do brasil importa pauta dos EUA, queria reforçar que as experiências que passamos por conta de cor da pele não reconhece muito esse lance de CPF, CEP, classe...Se tu é preto, tu é preto. E tu vai ouvir um preto falando sobre o que é ser preto nos EUA, na Jamaica, no Haiti, na França ou mesmo em África, tu vai perceber o tantão de coisa em comum, de casos parecidos, de experiências parecidas. Tu lê Fanon, tu lê Malcolm... tu lê Garvey... Steve Biko... Lumumba... Dessalines... Sobukewe... Mandela... Kwame Ture... tu lê um cara lá da década passada ou do século passado ou de dois séculos atrás, outro país, quilômetros de distância e se impressiona com a semelhança do que era lá com o que continua sendo cá. Ter a pele preta te faz ter mais experiências similares com pretos ao redor do mundo do que ter na sua carteira de identidade "brasileiro" te faz ter com o branc'o brasileiro. Tem muito mais significado pra ti ser preto do que ser brasileiro. Até porque no Brasil preto tem status de indesejado, de alienígena, de estrangeiro, até meio que de inimigo do Estado. Como o é em qualquer lugar do mundo branc'o onde foi parar. É uma experiência comum ao negro no mundo todo esse não lugar. Até mesmo em casa estão a nos perturbar. Somos vítimas de uma praga comum.

ONA AFRICA ONE NATION

Não existe essa de preto brasileiro, americano ou algo assim... uma das maiores marcas desses países é seu caráter anti-negro. Faz sentido um negro que se diga consciente adotar uma identidade anti si mesmo? Não faz. Brasil, EUA e o mundo branc'o todo é a antítese do negro. Se os problemas são comuns, a resposta acaba sendo comum também, conjunta, compartilhada. Por isso, não tem essa de pauta importada. A mesma necessidade de liberdade e autonomia é presente em todos esses lugares. As mesmas mentiras e falsas promessas branc'as são manjadas aqui e acolá. A merd'a é a mesma. Só mudam as moscas. É só abraçando esse tipo de visão e se juntando com quem é mesmo irmão que a gente poderá sair dessa situação. A situação de um preto é sempre reflexo da situação geral de todos os pretos, é visto e medido pela imagem que se tem dos demais pretos. No inconsciente de todo colonizado embranquecido reside a associação de tudo aquilo que é originalmente negro a algo negativo, o que é fruto de uma construção social que é imposta a cada um desses indivíduos desde os seus primeiros segundos de vida. Por isso, a lógica de vivência em comunidade pressupõe que tal ideia seja deixada de lado, e não bastando isso, é necessário que se resgate os pilares tradicionalmente africanos, dentre os quais está a cultura. Apesar de constantemente inferiorizada, é ela que fundamenta a orientação dos demais pilares, como a economia e a política. Esse era o pensamento de Garvey ao dizer que "um povo sem o conhecimento de sua história passada, origem e cultura é como uma árvore sem raízes", e por não cultivarmos a nossa cultura, acabamos nos firmando em raízes que são frágeis para nós, mas acabam por fortalecer essa sociedade à qual não pertencemos e que tanto nos prejudica. Cultivar a nossa cultura impede que sejamos ludibriados por uma mídia que conseguiu fazer com que pessoas negras sonhassem - e ainda sonhem - com uma sociedade fictícia, como é Wakanda, mesmo já tendo existido sociedades africanas extremamente desenvolvidas. Cultura, portanto, é mais que essa falsa noção de representatividade; é sobre autodeterminação, sobre entender o que de fato nos representa.



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