OBRIGADO RUNOKO! até à vitória, sempre!
Abuy Nfubea
0mowale Malcolm x disse que a raiva é a coisa mais linda nas pessoas que nos devolve nossa humanidade perdida. Estou muito zangado com esta notícia, quão zangado, Runoko era muito jovem, muito jovem para nos deixar. Eu o conheci graças ao professor Dj moula em 2003, logo após retornar de Barbados GAC. Mas eu já tinha ouvido falar dele. Eu me vi pela primeira vez na Venezuela em uma recepção com o presidente Néstor Kischner e o comandante Chávez (mas não nos falamos), mas fiquei imbuído de sua enorme nobreza, fama e carisma como descendentes e discípulos de ihotep. Obrigado dj Moula e Omar Nasser Boella comecei a ler seus trabalhos, e traduzi alguns de seus trabalhos para a revista #ReparacionAfricana. Lembro-me de meu encontro com ele, no decorrer de uma marcha anti-racista convocada pelo líder do Movimiento pan-africanista Saya, Marfa Infuente em La Paz Bolivia em 2008. Realizava pesquisas com o ilustre intelectual Juan Angola Maconde.
REPARACION AFRICANA
En 2009, ambos jantamos com Gadaffi em Trípoli e trabalhamos três dias seguidos na Líbia, discutindo em meio a uma tremenda crise da III Internacional Pan-Africanista, onde o ANC foi convidado a ser expulso pelo crime do massacre dos mineiros na Azania na África do Sul. Acho que entrei na tese dele porque enfim o ANC não foi expulso, mas consolidamos o IV pelo que poderia acontecer e aconteceu depois. Apesar de se alinhar com Obama e os assassinos de Kadafi, como membro do secretariado conjunto da Quarta Internacional tentei garantir que Espanha, Itália, Guiné, Portugal e América Latina (que estavam sob o meu comando) não o fizessem viés em divisões e lutas. neste debate (Obama sim Obama não) que enfraqueceria o moral por alienar os intelectuais das massas. Para ello era necesario orientar la internacional hacia el mundo hispano y dar a Campaña mondial Reaja, el apoio estratégico para la denuncia do genocidio preto em Brasil que lideraba la Dra Andreia Beatriz e que supuso a exploçaón do Panafricanismo Garveyista na os 200 millones de Afros a región de america do Sul. Chamamos manifestações naquelas de 19 capitais em frente às embaixadas brasileiras. Runoko concordou e para coordenar nos encontramos na Amadora Lisboa em um restaurante angolano (Runoko gostava de comer bem, não tinha nojo de comida) no meio de uma enorme divisão de intelectuais negros por causa de Barak Obama. Por todo esse sucesso e trabalho, em 2016 a Universidade Malcolmgarvey concedeu-lhe um doutorado honorário em Madrid por uma vida de trabalho incansavle e luta incessantes.
MALCOLM GARVEY UNIVERSITY
A cerimônia foi presidida pelo Dr. Luis Alberto Alarcón COM O ACOMPANHAMENTO DOS PROFESSORES liliana Castillo, Omar Boella John Vargas, Baldw Lumumba, Marcelino Bondjale, Agustín Meseguer, a laudatio foi escrita pelo reitor DJ Moula Djsasebwera, acompanhado pela Dra. Petra Jaramillo o tradutor José Javier Monroy, o presidente da associação de cabeleireiros afro-descendentes de Madrid Dr. Eduardo Saldivar ... etc Runoko foi a Vallekas, esteve nos estúdios de Uhuru Afrika tv. Comemoramos seu aniversário com dois almoços no restaurante dominicano "de Guille" e outro na "Cucaramacara" em Legazpi Madrid. Ninguém colocava Kemet no centro do universo ou o orgulho de ser africano (nenhum afro-espanhol racializado) africano, ponto final. Ninguém como ele, transmitiu tanto orgulho e influência na África hispânica, o negro mais alienado de todos. E foi tão profundo, mais do que qualquer outro, ele viajou para o Peru, Equador, Venezuela, Colômbia, Brasil, República Dominicana, Guiné Equatoril, Haiti, Argentina, Chile, Uruguai, Panamá, Cuba etc. Os revolucionários Kemitikos e todos nós que nos sentimos enormemente impactados por ele, temos que falar sobre ele, traduzir suas obras e continuar aquela experiência de vida de re-africanização, descolonização e alienação que ele recebeu de Fanon, Van Sertima, Dr. Ben, Jhon Henry Clark, Diop e outros. Estas foram minhas humildes palavras no claustro da universidade.
FILHO DE ADBIDIAS
Runoko Rashidi foi um dos maiores historiadores, linguistas e antropólogos garveyistas, na linha de Cheik Anta Diop e Inhotep. O uso das redes sociais e da tecnologia influenciou notavelmente as classes populares da geração Hip-Hop (negros do campo) na descolonização mental de que falava Bob Marley. A sua força na reafricanização e afrocentricidade kemitika de uma escola destinada a alienar, tem sido decisiva no mundo hispânico (Guiné Equatorial, Iberoamérica, Portugal e Espanha) no acesso ao despertar da negritude, do Kemitismo, da unidade temática quilombola e da consciência negra. Como disse Cabral no funeral de Ogsayefo em Conackry, a morte não é o fim. Temos a responsabilidade de honrá-lo continuando sua luta porque, como dizem as presas, (Meadjim mene bo ayong, vedá ngue oboa kà bwe ndwan, oles waebeñ) não importa o quão quente esteja a água, se você não acender o fogo, o o arroz não cozinha. Runoko nos fez comer e apreciar o arroz da civilizaçao afrianan
DA CIVILIZAÇÃO AFRICANA
Diante de tanto intelectual neocolonial do Tio Tom em busca do reconhecimento do mestre, hoje mais do que nunca precisamos de mais Runokos. Muitos de seus discípulos sentimos tristeza por sua perda e ao mesmo tempo felizes e profundamente endividados por sua luta no campo da ciência, da ideologia, da tigretud, do orgulho de ser africano acima de tudo. A sua epistemologia e enorme contribuição para a consolidação da corrente mundial (IV Pan-africanista Internacional Garveyista Cimarron mulherista Rastafari) e o ponto n1 do credo pan-africanista. Ele nos ensinou a lutar pela narrativa que não acontece como aconteceu com Mohamed Ali em cujo funeral falou com Bill Clinton e havia todas as bandeiras inclusive dos EUA, exceto RBG Garvey. Ele morreu na África em Kemet, o estudioso de história de renome mundial Runoko Rashidi faleceu hoje enquanto visitava o Egito. durante uma viagem de pesquisa ao Egito em 2 de agosto. Quero lembrá-lo com este clássico de Teddy Pendengrass Close the door que sei que ambos gostamos. Como Ivan Van Sertima, Martin Bernal, John Henrik Clarke,John G. Jackson foi um ótimo filho da África. E, como tal, queremos despedi-lo como ele merece, como um grande filho de Garvey, Winnie Madikizela, Abidias, Dandara e Zumbi.
Aluman da chini Osu!
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